O Assassino de Papel

Já vi crimes burocráticos contra a arte do futebol, mas o caso da FA com Lucas Paquetá merece um lugar no Museu das Atrocidades Administrativas. Quando o último verdadeiro meia-atacante do Brasil se envolveu em regulamentos de apostas, o que seguiu não foi justiça - foi negligência institucional ao som de música de elevador.

Ato I: O Desmonte de um Mestre

Paquetá pré-suspensão não era apenas bom - era matematicamente insubstituível. Meus modelos mostram seu xA (assistências esperadas) em 0,38 por 90 minutos em ²⁰²²⁄₂₃, superando 94% dos meias-atacantes da Europa. O jogo de construção do West Ham caiu 17% sem ele (veja minha thread no @AnalystRafael).

Ato II: O Dilema Cunha

Agora o técnico Dorival Júnior precisa adaptar Matheus Cunha ao papel de criador. Meus dados mostram:

• Dribles bem-sucedidos: Paquetá 63% vs Cunha 51%
• Passes decisivos/jogo: 2,7 vs 1,2

Ato III: O Que Perdemos

O maior dano? A biodiversidade do futebol. Ficamos com:

• Um talento treinando sozinho no Rio
• Uma federação que valoriza processos acima das pessoas

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